Sunday, June 22, 2008

Monday, June 09, 2008

Bela música



Música. Na vida. Na escola. Cada vez mais acho que música é importante. Nas escolas as crianças deveriam cantar todos os dias. Deveriam fazer música. Deveriam aprender a tocar pelo menos um instrumento. Meu amigo Steen Larsen, entre jocoso e sério, acha que todos devemos tocar pelo menos três instrumentos. Segundo Steen, a execução musical exige disciplina pessoal, atenção, capacidade de se concentrar. E mais que tudo: música é prazer. E Steen leva isso tudo muito a sério. Há uns quatro anos gravou, na Dinamarca, um disco só de tangos. E ele não é um músico profissional. É um psicólogo metido de corpo e alma em tramas da educação.

Como ando buscando memórias dos anos sessenta, achei que convinha repartir com vocês uma de minhas descobertas: Ginette Reno. Aqui ela canta um twist, ritmo das brincadeiras (inocentes bailinhos dos fins de semana) dos idos de 1960. Vale a pena curtir.

Terra vista de Marte

Acabo de ver isso no Boing Boing. É uma foto de nosso planeta e satélite vistos por equipamentos de uma missão ao planeta vermelho. Lindo.

Wednesday, June 04, 2008

Um Vídeo de Mike Gates Gill



Quem se interessou pelo post anterior pode ver o autor de How Starbucks Saved My Life neste vídeo feito numa conversa com empregados da Google.

Tuesday, June 03, 2008

Novas aprendizagens aos 63 anos

Faz umas três semanas que acabei de ler um livrinho surpreendente, How Starbucks Saved My Life. É uma história verdadeira e improvável. Michael Gates Gill, o autor, foi executivo de uma grande empresa de publicidade. Poderoso e amigo de gente também muito poderosa. Aos cinquenta e três anos foi demitido. Uma moça que ele ajudou a subir na empresa foi quem lhe comunicou a notícia.

Desempregado, Gates, criou uma consultoria e foi levando a vida até ficar completamente quebrado aos sessenta e dois anos. Aos sessenta e três esperava inutilmente chamado de algum cliente. Tomar café numa loja Starbucks era seu último luxo. Um dia, entrou numa Starbucks onde gerentes de várias unidades de Nova Iorque participavam de um dia de recrutamento. Ele não viu a faixa que anunciava o evento. Entrou como de costume na loja, pediu o seu café e acomodou o celular à espera de chamadas de clientes que jamais ligavam. Mais um dia de um velho desempregado e sem esperança.

De repente, surge à sua frente uma moça negra e bonita, vestindo o uniforme da grande rede de cafés, que lhe pergunta: "quer trabalhar comigo?". Pergunta inusitada. Sem pensar, Gates deu uma resposta automática: "quero". A moça se apresentou, informou que era gerente de uma loja distante, anotou os dados de Mike e lhe disse que entraria em contato.

Dias depois Mike recebeu um telefonema. Era a moça. Convidava-o para uma entrevista. Ele foi aprovado. Começou na faxina. Mais tarde foi aprendendo outras funções na Starbucks até dominar todas as rotinas de serviço e atendimento típicos da grande rede. Vive uma vida com a qual nunca sonhara. Seus parceiros de trabalho são quase todos muito jovens. São quase todos negros. São quase todos oriundos dos "projetos",aqueles bairros de cortiços da área de Nova Iorque. Aprende um trabalho braçal e exigente do ponto de vista físico. Convive com seus novos companheiros que o aceitam sem restrições aparentes.

O episódio todo é um exemplo bonito de aprendizagem. Mike aprende não apenas uma profissão. Aprende a viver de novo. Reflete sobre seus velhos valores. Arrepende-se de sua auto-suficiência e falta de sensibilidade dos tempos de executivo poderoso. Ganha novo sentido para a sua vida. Aprende que a elite é, em muitos sentidos, ignorante. Relembra, agora com toda a carga de significado que sua atuação no Starbucks dá ao texto, um velho dito de Fitzgerald:

Work is Dignity