Tuesday, December 13, 2005

Cartoons e animações


Em mensagem anterior postei uma das muitas figuras da graciosa Betty Boop. Fiz isso depois de umas cinco horas de andanças pela web atrás de coisas interessantes sobre cartoons e animações. Finalidade: criar um exemplo atraente de WebGincana. Ainda não terminei essa aventura. Mas as descobertas que vou fazendo são muito animadoras em termos de possibilidades de aprendizagem a partir da diversidade informativa oferecida por fontes da internet.

Ao investigar cartoons e animação, descobri que as fontes existentes oferecem muito material pictográfico (of course!), textual, sonoro e cinematográfico. Criar uma WebGincana que faça com que os participantes mergulhem nesse universo fascinante é um desafio envolvente e prazeroso. Além disso, investigações sobre o tema podem ser um ponto de partida interessante sobre história e cultura contemporâneas. Para quem quiser embarcar em aventuras semelhantes, sugiro como ponto de partida o ASIFA-Hollywood Animation Archive.

Friday, December 02, 2005

Aprender a Esquecer: competência necessária na sociedade da informação

Sexta passada participei de uma ótima conversa sobre os princípios orientadores para a avaliação do Educarede (agradeço à Fundação Telefônica a oportunidade). Numa das intervenções, alguém – provavelmente o Rogério Costa, da PUC, ou o Fernando Moraes Fonseca, da Fundação Vanzolini - falou sobre a necessidade de ignorar informações nestes tempos de excessos informativos. O alerta parece contraditório, pois o senso comum está sempre a nos dizer que é preciso consumir mais e mais informação.

Acabo de encontrar uma referência de pesquisa que reforça o citado alerta. Estudos realizados na Universidade do Oregon mostram que pessoas que têm “boas memórias de trabalho” não são melhores que outras para se lembrar das coisas, elas são melhores para ignorar coisas desimportantes. Em outras palavras, o segredo de uma boa memória não é o de guardar tudo que está disponível, mas selecionar o que é importante e esquecer o que não faz diferença. Veja a notícia completa no Eureka.

Assim, ao que tudo indica, uma das virtudes necessárias na Sociedade da Informação é a capacidade de esquecer ou desprezar informações pouco significativas.

Thursday, December 01, 2005

Biologia em Quadrinhos

No excelente Boingboing - a directory for wonderful things, encontrei a seguinte notícia: Drew Endy and Isodora Deese, do MIT, duas das brilhantes estrelas do campo da biologia sintética, são os autores de uma história em quadrinhos chamada "Adventures in Synthetic Biology", que pode ser vista no site da revista Nature.

O material me parece muito interessante para animar aulas de biologia sobre microorganismos e assuntos correlatos, além de ser uma história em quadrinhos comme il faut.

Cansaço e Diversão

Final de semestre. Revi um conjunto de dois diferentes relatórios feitos por meus alunos. Um dos conjuntos era composto por relatos de experimentação de WebQuests feitas pelo pessoal da Licenciatura. O outro era constituído por relatos de aplicação do Sherlock como requisito para o estágio em TE do pessoal do 1º de Pedagogia. Duas coisas me chamaram a atenção na leitura dos trabalhos de meus alunos: 1. estudo como atividade cansativa, 2. educação como atividade divertida.

Estudo como atividade cansativa. Na maior parte dos relatórios sobre usos das WebQuests, meus estudantes colheram observações de alunos que, apesar de gostarem da nova proposta, reclamaram de “leituras cansativas”. Vou analisar com mais cuidado esse dado. Mas já adianto uma interpretação. Em nossa cultura dominada pela imagem e pelo imediato, a leitura (e mais que ela o estudo) é vista como uma atividade muito exigente. Ler e estudar são, cada vez mais, algo que os estudantes querem evitar. Provavelmente, os mesmos reclamentes não acham que um joguinho de bola na quadra da escola seja cansativo. A questão está a merecer uma análise bem cuidada de nós educadores.

Educação como atividade divertida. As explicações que minhas alunas de Pedagogia deram para o Sherlock sempre incluíram a palavra diversão. Ao constatarem a existência de certas características lúdicas do software, as novas educadoras afirmaram que isso é bom porque a educação precisa ser divertida. Da mesma forma, quando listaram certos aspectos negativos do Sherlock, minhas alunas disseram que o material não é divertido. O fenômeno me preocupa. Por razões diversas, estamos confundindo prazer com diversão. E na crítica a técnicas e métodos educacionais estamos exigindo diversão como elemento fundamental para a aprendizagem. Outra questão a merecer nossos cuidados.